quinta-feira, 31 de julho de 2014

Liberdade (e amizade) a quanto obrigas, ou Parte Primeira da crónica chata e miudinha de quem pensa poder ser restaurador da verdade na toponímia de Lisboa, não para criar a Travessa do Medo ou o Beco da Miséria, ambas perpendiculares à larga Alameda da Corrupção que desemboca no Largo da Incompetência Premiada, mas para que, possa na Avenida da Liberdade, lembrando a República Democrática da Alemanha, dar a bota com a perdigota.


Quando sufocamos com falta de uma qualquer coisa, o melhor é entregarmo-nos a ela mesmo que se sinta a inutilidade da acção. Por isso passei um dia inteiro na Avenida da Liberdade. Por isso, mas também porque, tendo decidido abrandar, abandonar ou fazer outras coisas, recebi do Recife, dos meus amigos Lectícia e José Paulo a curta mas imperativa mensagem: “Não queremos substitutos. Exigimos Octávio!”. Poderia não ter dado importância, até porque o José Paulo ultimamente não tem estado de acordo comigo em quase nada, mas seja pelo seu exemplo de ter passado 8 anos de vida a trabalhar 4 horas por dia na sua monumental  biografia de Fernando Pessoa, seja para desmentir esta velha e persistente crença portuguesa que quem não está comigo é contra mim, aqui estou novamente a escrever coisas que ele seguramente não vai gostar, mas que me “obriga” a fazê-lo. Voltaire continua vivo, felizmente.

Assim, de manhã cedo comecei a descer a Avenida da Liberdade, que antes era um braço do Tejo e depois Passeio Público, mas isso são outras histórias e eu, acreditem ou não, não sou desse tempo.

Na esquina com o Marquês, no 270, temos a beleza do pequeno palacete neoclássico onde está instalado o Camões -Instituto da Cooperação e da Língua - que espero tenha fundos para executar pelo menos quanto implícito no seu novo apelido -, com acrescentos arquitectónicos que não o desvirtuam nem lhe tiram dignidade, o que, em Lisboa, raramente se consegue. No 266 está o histórico edifício, Premio Valmor 1940, que alberga o não menos histórico Diário de Notícias, cujo lettering sempre me fascinou, que vê agora todos os que nele trabalham em luta pela sobrevivência, própria e do jornal, já que andam Mosquitos africanos por cordas, de parceria com o "Genro da Nação", na tentativa de os meter na nova ordem, juntamente com os seus companheiros da TSF, do Jornal de Notícias, do Jogo e da agência Global Imagens. Segue-se, no 262, um belo prédio de habitação (era assim que se dizia) tão no estilo da velha Avenida, digamos um pombalino tardo e mais ligeiro que saiu da Baixa e começou a subir pelo Passeio Público, que sei ser propriedade e moradia de um dos mais brilhantes jovens Embaixadores que as Necessidades conseguem ainda conservar para sua honra e prestígio, e para bem de todos nós. Para além disso, há vida lá dentro no Colégio da Avózinha!

No passeio, um cartaz anuncia a exposição de uma colecção de pintura do Banco Europeu de Investimento, no Banco de Portugal de 16/5 a 14/9, “Within/Beyond Borders”. É bom que os bancos nos proporcionem cultura (tiram-nos tanto!), mas a quem, se passamos o nosso tempo que deveria ser livre na fila do Fundo de Desemprego, do Centro de Saúde, da Loja do Cidadão, na Repartição de Finanças, na Caixa Geral de Aposentações, e estou a esquecer outras tantas salas de espera nacionais? Isto sem falar naqueles que estão na fila da sopa dos pobres ou na da Jonet dos Bifes, que isto de cultura não engorda ninguém, se exceptuarmos a Joana Vasconcelos.

No 258 temos uma anónima construção moderna onde estão a aicep Portugal Global (antes Aicep Capital Global, que perdendo o capital ganhou o Portugal que capital não tem) e uma Sociedade de Advogados idêntica às outras, e foram muitas, que detectámos na Avenida. Em baixo duas lojas de trapos de luxo: a Trussardi (cujo fundador Nicola morreu num estúpido acidente de automóvel e o Filho anda agora de amores com a ex-Mulher de Eros Ramazotti, Mãe da sua Filha Aurora: diz-se gossip?), a Marina Rinaldo, para Senhoras fortes, candidatas a uma dieta na Carregueira, nome da Avó do Senhor Maximiliano Maramonti (Max Mara), velho padre/padrone que tantos problemas teve com os sindicatos italianos por teimar em gerir as suas empresas como era de uso no século XIX (também gossip?). No 252 antigo edifício recuperado com grande cartaz que anuncia a abertura de escritórios. Se, como este, mais de uma dezena de edifícios idênticos, ou modernos, anunciam o mesmo na mesma avenida, começo a acreditar na lengalenga da lenta mas segura recuperação económica em curso, galopante ao virar da esquina; terei seguidores? Em baixo os tapetes Tricana na triste escuridão da sua loja. Não é que do 244 só me saltou à vista o azul da Confeitaria Marquês de Pombal! Monstro de mau gosto, dinossauro sobrevivente na era das padarias, ou é assim que a malta da geração perdulária gosta?

Foi bom chegar ao 242 e ver o nome TRANQUILIDADE, em verde BES, a proteger todo o enorme edifício na esquina com a Alexandre Herculano. Em baixo aluga-se loja. Apetece-me abrir uma agência de venda de jogo da Santa Casa; ao menos enganávamo-nos entre pobres com uma réstia de esperança. Na outra esquina, no 240 A, a Cartier com os seus discretos seguranças que me tiraram a vontade de, com mochila, bloco notas e caneta na mão, entrar só para dar uma olhadela. Depois, no 240, o Étoile, já concluído, onde se alugam escritórios, seguido de um outro, no 238, ainda em restauro pelo ES Property. Estamos a renovar Lisboa para quem? Tive a resposta no 236, Edifício Ópera, também ele em restauro: “Na Avenida mais exclusiva, o Palco para a sua nova Vida”. Na minha idade cheirou-me a cemitério com fosso de orquestra.

No 234 a Oficina Mustra, discreto armazém de roupa italiana de alta qualidade, onde encontrei, nos primeiros dias da sua chegada a Lisboa, o Álvaro Santos Pereira (o mesmo que agora nos dá conta das contrapartidas imaginárias) que, acompanhado da Mulher, uma miúda giraça, estava a renovar o seu guarda roupa canadiano para se pôr nos trincos à moda da Horta Seca (nada de polos, só camisa clássica de mangas arregaçadas). Fui-lhe falar desejando-lhe as boas vindas e dizendo-lhe que não sabia ainda se ia ou não ser seu funcionário, dada a indefinição das tutelas; pediu-me o cartão de visita para “ termos uma conversa um dia destes”, disse. Como a história pode mudar devido à promessa esquecida de um Ministro! Como dizia o outro, a vida é feita de encontros falhados!

No 232 outro belo edifício clássico estilo Avenida da Liberdade, que já designei acima como pombalino tardo e ligeiro, esperando agora os puxões de orelhas dos conhecedores, sem nada de especial a assinalar. Segue-se, no 230, o Edifício BF, novo, todo em vidro com dragão voador metálico em voo picado a ameaçar quem compra o que é nosso na Fly London, em baixo. Seja pelos sapatos que pelo dragão, pensas duas vezes antes de transpor a soleira. Ao seu lado, no 226/228, um magnífico exemplar de arquitectura veneziana. Será que o do dragão substituiu um idêntico ou parecido, destruído pela ganância de políticos e patos bravos? No 224, o Deutsch Bank, a poupança que cresce com os seus filhos, reza na montra. Quais, vem-me de perguntar estupidamente esquecendo que somos todos europeus, os nossos ou os dos alemães? Do outro lado a Vilebrequin, calções de banho iguais para pais (168 €) e filhos (85€). Por cima uma grande Sociedade de Advogados, só com 4 letras mas grandessíssima…. O BBVA ocupa todo o imponente edifício com as fachadas em granito rosa que se estende por todo o quarteirão na esquina da Barata Salgueiro (face ao BES do outro lado da Avenida). No princípio era o Lloyds Bank, onde agora pontifica o grande banqueiro António Horta-Osório, nosso orgulho a par do CR7 que está do outro lado a aturar a D. Inércia. Um homem de meia idade dirige-se a mim: - Não me leve a mal, Senhor… e eu corro a atravessar a Barata Salgueiro com o semáforo no vermelho para fugir a quem me ia contar uma desgraça e pedir uma esmola. Não é que me senti assim tando Senhor! Na outra esquina, no 220 A, está o Empório Armani e em matéria de elegância, seja masculina que feminina está tudo dito. Abençoados outlets que, como nos tempos de Roma, me dão a terminação como nos bilhetes da lotaria. Por cima, no 220, médicos, esteticistas, designers e comunicadores. Do 206 ao 218 temos a Prada da Senhora Miuccia, mas principalmente do Senhor Patrizio Bertelli, seu consorte, que patrocinou o yacht “Luna Rossa” que durante anos a fio defendeu, e bem, as cores italianas na Louis Vuitton Cup e na Copa América. Lembram-se quando tudo isto era o stand de vendas da Mitsubishi acabada de chegar a Portugal? Por cima, entrando pelo 212, mais médicos (será que Portugal é um país de doentes?), um Press and PR Office e uma consultora de negócios em parceria: como soa bem tudo isto, é como se o cardápio da tasca da esquina anunciasse Trachurus Trachurus infantes e siameses, polvilhados de farinha de grão sarraceno e acomodados em azeite virgem fervente, em vez de jaquinzinhos.

No 204, numa outra excelente construção clássica em perfeito estado, está a mítica alfaiataria Rosa & Teixeira, para mim as melhores montras para o gosto tradicional do português que veste bem, muito parecidas com as que me habituei a ver nos ghettos de Roma e Veneza. Que contraste com as montras da Armani ou da Prada! Por cima, mais uma Sociedade de Advogados e a Christie’s: seria ali que foi cozinhado o negócio dos Mirós de todos nós? O 202 é igual ao 204 e alberga o velho Hotel Don Sancho I, 2 estrelas 2, e consultórios e mais consultórios. Julgo que não voltarei à Avenida sem ir ao médico; primeiro escolho a especialidade e depois estudo bem os sintomas para ser credível durante a consulta. E chego ao 200 onde, naquilo que me atrevo a chamar na minha completa ignorância da arte da arquitectura, um moderno monstruoso: o Edifício Victória. No plano térreo a loja Burberry fechada e em obras. A Furla, com as suas malas caras em promoção, marca que vi nascer em Roma, salvo erro na Via del Leoncino, com sacos e bolsas baratas, que até a Manuela comprou uma azul que ficou ruça de tanto ser usada, e que mesmo assim a Margarida herdou quando de uma das suas viagens Paris-Roma-Paris, porque tinha tralha a mais para transportar. Bons tempos em que se podia levar sempre mais um saco para dentro dos aviões; hoje há uns provadores que te lambem o pincel da barba para ver se sabe a pólvora. Depois a Timberland com saldos a 40%, e a Tod’s do genial Senhor Diego Della Valle, filho de um honrado sapateiro da Região das Marcas, penso que de Porto Sant’Elpídio, que é a capital dos sapatos italianos. E digo genial porque, sabendo que os seus patrícios mais endinheirados preferiam os sapatos ingleses, começou a dar aos fabricados por si as marcas Tod’s e Hogan, e também chamou Fay a uns impermeáveis copiados daqueles que os bombeiros canadianos usam, e passou a vender tudo caríssimo no seu país e fora dele. Devo dizer em abono da verdade que é tudo da mais alta qualidade. Nos andares de cima temos as Chancelarias das Embaixadas da Eslováquia, da Irlanda, do Canadá e da Austrália, e também o Centro Económico e Cultural de Taipé, os Seguros Victória, os FOX e National Geographic Channels e ainda a NYSE-EURONEXT que mais não é , como os sapatos do Senhor Della Valle, que a Bolsa de Valores de Lisboa.

Aparece então encostadinho um edifício cuja estrutura revela uma certa modernidade, mas já a ser refeito de alto a baixo, tudo indicando que vai levar mais uma fachada de vidro. Mais um hotel, mais escritórios, uma clínica ayureveda, a sede da Jorge Mendes, Xutos e Pontapés, SARL, a Liga dos Amigos de Boliqueime? O que for soará!  No 192, outro edifício moderno que se não existisse ninguém daria pela sua falta, está a outra parte do Camões que era o IPAD, e em baixo a loja multimarcas Fashion Clinic, que só agora descobri girar na órbita do Rei da Cortiça, o Homem mais Rico de Portugal e sócio da Mulher mais Rica de África. Não nos damos conta mas de vez em quanto sai a sorte grande a Portugal. Primeiro foi o Senhor Calouste Gulbenkian, e ainda estamos a viver de renda, agora a Senhora D. Isabel dos Santos a cavalgar um chaparro, e que Deus faça durar a parceria. Já no 190, que é um belo edifício clássico bem acrescentado em altura, na esquina da Rua Manuel de Jesus Coelho, estão a Longchamp e a Louis Vuitton, supra-sumo da marroquinaria francesa; a segunda ocupa hoje o espaço que era do Pestana & Brito, um dos templos da moda masculina dos anos 60. Atravessando a rua, do 182 ao 188, o velho Tivoli onde tantas vezes fui ao cinema com a minha Avó, Irmãos e Primas, e onde tantos saquinhos de carnaval cheios de serradura atirei às pequenas nas matinés de Entrudo. Agora Teatro, Sala de Concertos, restaurante. Nunca mais lá entrei, como nunca mais voltei a Paris, a Sófia, a Roma ou à Cidade da Praia, por medo do que vou encontrar. Coisas de velho. O 180 é o pequeno e belíssimo edifício, única peça já existente do lego que lhe montaram em cima para fazerem o Tivoli Forum. Está lá a loja Adolfo Dominguez. Na enormidade a que deu origem cabe lá de tudo e passo a fazer a listagem:  a outra Fashion Clinic, esta para Senhoras, e já agora a Gucci que pertence também ao reino da cortiça por interposta Filha, lembrando-me que Maurizio Gucci foi mandado envenenar pela Mulher, Patrizia Reggiani,  por uns problemas de dinheiro: hoje a senhora está na cadeia (foi condenada a 26 anos) e o pobre Maurizio é o homem mais rico do cemitério da sua terra natal. Acontece sempre assim. E lá me distraí da lista que estava a fazer: o Hotel NH, o Crédit Swiss, a Iberdrola, a Dexia Sabadell, a Visa, o BES Angola (olá!), a Missão do Brasil junto da CPLP, e lojas como a Philosophie, a Maison (Atendimento Privado), a b/code, a Machado Joalheiros e o Cocho, cantinho muito agradável do Alentejo onde se comem umas coisas boas e uma sopa nova cada dia da semana, todas deliciosas. Em baixo, comida, comida, comida, e sobretudo cheiro a comida que invade todo o espaço sem respeito nem pelo “atendimento privado”. É como se num voo da Emirates os passageiros não carregassem no botão do autoclismo e deixassem a porta do WC aberta. Um must!

No 170, no antigo Hotel Vitória, extraordinário exemplar arquitectónico de Mestre Cassiano Branco, está instalada a sede do PCP que tem à porta um enorme cartaz com todo o programa da Festa do Avante. Gostei da ideia do “Concerto para cravos e orquestra - Opus 40”, e continuei a ler os nomes dos artistas que participarão, lembrando-me de Cristina Branco, de Jorge Palma, de Camané, de Sérgio Godinho, e de mais não sei. Para mim que vivi quase 13 anos atrás da Cortina de Ferro, o comunismo é um universo à parte que eu já não perco tempo a discutir. Estando a ler o livro “Greguerías” de Rámon Gómez de la Serna (obrigado Dr. Bagão Félix!), que é uma selecção de metáforas mais ou menos bem humoradas, algumas delas extraordinárias, e eu,  com esta mania que tenho de copiar os outros, escrevi também uma greguería dedicada ao PCP na Avenida: Com o martelo foi-se a Liberdade.

Mal passo a sede do PCP, sou abordado por um casal que delicadamente pediu desculpa de me estarem a incomodar, e vá de contar a história que seguramente repetem subindo e descendo a Avenida da Liberdade a todos aqueles com cara de parvo como eu. Resumindo, eu sou o Petro e ela é a Marta, somos húngaros e viemos para Portugal enganados por alguém que prometeu arranjar-nos trabalho. Vivemos na Amadora num quarto com dois filhos pequenos, já nos cortaram a luz e agora não temos dinheiro para comprar uma bilha de gás, e também precisávamos de ir ao Porto para tratar de uns papéis no Consulado da Hungria, rebéubéu pardais ao cesto. Como não sou polícia e queria livrar-me deles o mais rapidamente possível, não perguntei se não havia um Consulado em Lisboa nem como é que falavam tão bem português estando por cá só há 8 meses, como me informaram, e dando-lhes a satisfação de terem pescado um perfeito Tótó, puxei de 20 euros dizendo-lhes que era para a bilha de gás, ao que ele retorquiu que aquilo não chegava para pagar o bilhete dele para o Porto, quanto mais para os dois. Balbuciei que era já uma ajuda e que não podia dar-lhes mais, ao que me viraram as costas e foram à vida.  

Passei para a zona central de peões, sentei-me num banco e lembrei-me que estando em Roma, o meu Filho Octávio, que estava então, fazia 6 meses, na ES Contact Center como Director, e bastante satisfeito com o seu novo trabalho, nos telefonou feliz para nos dizer que os seus superiores, seja do Contact Center que do Grupo Espírito Santo, o tinham convidado para jantar no dia dos seus anos, 26 de Outubro, não posso precisar o ano. Bela notícia, finalmente tinha um trabalho estável que lhe agradava, num grupo cuja seriedade e solidez ninguém punha em causa, e as coisas vão-me correr bem desta vez. Ora o dia 26 calhou a uma sexta feira, o jantar correu bem, brindes, abraços e até segunda se Deus quiser. Na segunda era dia 29, data em que completava os seus 6 meses de prova, chegando ao seu posto de trabalho foi chamado ao gabinete de quem estava directamente por cima, e quando julgava que era para lhe anunciar que iria ficar ou, pelo menos, assinar um novo contrato por mais 6 meses, ouviu dizer que infelizmente, por alteração de estratégia da empresa, iria ser dispensado, o que aconteceu no próprio dia. Quando nos telefonou à noite a contar o sucedido, recordo-me de ele nos ter dito: com um grupo como o Espírito Santo quem é que vai acreditar que eu trabalhei bem e que a culpa não é toda minha, acertado raciocínio que o diminuiu durante anos perante todos aqueles, e eram tantos (todo o Portugal?) para quem só existia Deus no céu e a “Família” na terra. Mandei-lhe então umas palavras, à guisa de conforto,  que gostava que lessem para perceberem porque é que liguei este facto à trapaça dos húngaros que, infelizmente, não foi a única urdida e praticada na Avenida da Liberdade.

Abraço.

Lisboa, 31 de Julho de 2014
Octávio Santos