Quando sufocamos com falta de uma qualquer coisa, o melhor é
entregarmo-nos a ela mesmo que se sinta a inutilidade da acção. Por isso passei
um dia inteiro na Avenida da Liberdade. Por isso, mas também porque, tendo
decidido abrandar, abandonar ou fazer outras coisas, recebi do Recife, dos meus
amigos Lectícia e José Paulo a curta mas imperativa mensagem: “Não queremos
substitutos. Exigimos Octávio!”. Poderia não ter dado importância, até porque o
José Paulo ultimamente não tem estado de acordo comigo em quase nada, mas seja
pelo seu exemplo de ter passado 8 anos de vida a trabalhar 4 horas por dia na
sua monumental biografia de Fernando
Pessoa, seja para desmentir esta velha e persistente crença portuguesa que quem
não está comigo é contra mim, aqui estou novamente a escrever coisas que ele
seguramente não vai gostar, mas que me “obriga” a fazê-lo. Voltaire continua
vivo, felizmente.
Assim, de manhã cedo comecei a descer a Avenida da
Liberdade, que antes era um braço do Tejo e depois Passeio Público, mas isso
são outras histórias e eu, acreditem ou não, não sou desse tempo.
Na esquina com o Marquês, no 270, temos a beleza do pequeno
palacete neoclássico onde está instalado o Camões -Instituto da Cooperação e da
Língua - que espero tenha fundos para executar pelo menos quanto implícito no
seu novo apelido -, com acrescentos arquitectónicos que não o desvirtuam nem
lhe tiram dignidade, o que, em Lisboa, raramente se consegue. No 266 está o
histórico edifício, Premio Valmor 1940, que alberga o não menos histórico
Diário de Notícias, cujo lettering
sempre me fascinou, que vê agora todos os que nele trabalham em luta pela
sobrevivência, própria e do jornal, já que andam Mosquitos africanos por cordas, de parceria com o "Genro da Nação",
na tentativa de os meter na nova ordem, juntamente com os seus companheiros da
TSF, do Jornal de Notícias, do Jogo e da agência Global Imagens. Segue-se, no 262,
um belo prédio de habitação (era assim que se dizia) tão no estilo da velha
Avenida, digamos um pombalino tardo e mais ligeiro que saiu da Baixa e começou
a subir pelo Passeio Público, que sei ser propriedade e moradia de um dos mais
brilhantes jovens Embaixadores que as Necessidades conseguem ainda conservar
para sua honra e prestígio, e para bem de todos nós. Para além disso, há vida
lá dentro no Colégio da Avózinha!
No passeio, um cartaz anuncia a exposição de uma colecção de
pintura do Banco Europeu de Investimento, no Banco de Portugal de 16/5 a 14/9,
“Within/Beyond Borders”. É bom que os bancos nos proporcionem cultura
(tiram-nos tanto!), mas a quem, se passamos o nosso tempo que deveria ser livre
na fila do Fundo de Desemprego, do Centro de Saúde, da Loja do Cidadão, na
Repartição de Finanças, na Caixa Geral de Aposentações, e estou a esquecer
outras tantas salas de espera nacionais? Isto sem falar naqueles que estão na
fila da sopa dos pobres ou na da Jonet dos Bifes, que isto de cultura não
engorda ninguém, se exceptuarmos a Joana Vasconcelos.
No 258 temos uma anónima construção moderna onde estão a
aicep Portugal Global (antes Aicep Capital Global, que perdendo o capital
ganhou o Portugal que capital não tem) e uma Sociedade de Advogados idêntica às
outras, e foram muitas, que detectámos na Avenida. Em baixo duas lojas de
trapos de luxo: a Trussardi (cujo fundador Nicola morreu num estúpido acidente
de automóvel e o Filho anda agora de amores com a ex-Mulher de Eros Ramazotti,
Mãe da sua Filha Aurora: diz-se gossip?),
a Marina Rinaldo, para Senhoras fortes, candidatas a uma dieta na Carregueira,
nome da Avó do Senhor Maximiliano Maramonti (Max Mara), velho padre/padrone que tantos problemas teve
com os sindicatos italianos por teimar em gerir as suas empresas como era de
uso no século XIX (também gossip?). No
252 antigo edifício recuperado com grande cartaz que anuncia a abertura de
escritórios. Se, como este, mais de uma dezena de edifícios idênticos, ou
modernos, anunciam o mesmo na mesma avenida, começo a acreditar na lengalenga
da lenta mas segura recuperação económica em curso, galopante ao virar da
esquina; terei seguidores? Em baixo os tapetes Tricana na triste escuridão da
sua loja. Não é que do 244 só me saltou à vista o azul da Confeitaria Marquês
de Pombal! Monstro de mau gosto, dinossauro sobrevivente na era das padarias,
ou é assim que a malta da geração perdulária gosta?
Foi bom chegar ao 242 e ver o nome TRANQUILIDADE, em verde
BES, a proteger todo o enorme edifício na esquina com a Alexandre Herculano. Em
baixo aluga-se loja. Apetece-me abrir uma agência de venda de jogo da Santa
Casa; ao menos enganávamo-nos entre pobres com uma réstia de esperança. Na
outra esquina, no 240 A, a Cartier com os seus discretos seguranças que me
tiraram a vontade de, com mochila, bloco notas e caneta na mão, entrar só para
dar uma olhadela. Depois, no 240, o Étoile, já concluído, onde se alugam
escritórios, seguido de um outro, no 238, ainda em restauro pelo ES Property.
Estamos a renovar Lisboa para quem? Tive a resposta no 236, Edifício Ópera,
também ele em restauro: “Na Avenida mais exclusiva, o Palco para a sua nova
Vida”. Na minha idade cheirou-me a cemitério com fosso de orquestra.
No 234 a Oficina Mustra, discreto armazém de roupa italiana
de alta qualidade, onde encontrei, nos primeiros dias da sua chegada a Lisboa,
o Álvaro Santos Pereira (o mesmo que agora nos dá conta das contrapartidas imaginárias) que, acompanhado da Mulher, uma miúda giraça, estava a
renovar o seu guarda roupa canadiano para se pôr nos trincos à moda da Horta
Seca (nada de polos, só camisa clássica de mangas arregaçadas). Fui-lhe falar
desejando-lhe as boas vindas e dizendo-lhe que não sabia ainda se ia ou não ser
seu funcionário, dada a indefinição das tutelas; pediu-me o cartão de visita
para “ termos uma conversa um dia destes”, disse. Como a história pode mudar
devido à promessa esquecida de um Ministro! Como dizia o outro, a vida é feita
de encontros falhados!
No 232 outro belo edifício clássico estilo Avenida da
Liberdade, que já designei acima como pombalino tardo e ligeiro,
esperando agora os puxões de orelhas dos conhecedores, sem nada de especial a
assinalar. Segue-se, no 230, o Edifício BF, novo, todo em vidro com dragão
voador metálico em voo picado a ameaçar quem compra o que é nosso na Fly
London, em baixo. Seja pelos sapatos que pelo dragão, pensas duas vezes antes
de transpor a soleira. Ao seu lado, no 226/228, um magnífico exemplar de
arquitectura veneziana. Será que o do dragão substituiu um idêntico ou
parecido, destruído pela ganância de políticos e patos bravos? No 224, o
Deutsch Bank, a poupança que cresce com os seus filhos, reza na montra. Quais,
vem-me de perguntar estupidamente esquecendo que somos todos europeus, os
nossos ou os dos alemães? Do outro lado a Vilebrequin, calções de banho iguais
para pais (168 €) e filhos (85€). Por cima uma grande Sociedade de Advogados,
só com 4 letras mas grandessíssima…. O BBVA ocupa todo o imponente edifício com
as fachadas em granito rosa que se estende por todo o quarteirão na esquina da
Barata Salgueiro (face ao BES do outro lado da Avenida). No princípio era o
Lloyds Bank, onde agora pontifica o grande banqueiro António Horta-Osório,
nosso orgulho a par do CR7 que está do outro lado a aturar a D. Inércia. Um
homem de meia idade dirige-se a mim: - Não me leve a mal, Senhor… e eu corro a
atravessar a Barata Salgueiro com o semáforo no vermelho para fugir a quem me
ia contar uma desgraça e pedir uma esmola. Não é que me senti assim tando
Senhor! Na outra esquina, no 220 A, está o Empório Armani e em matéria de
elegância, seja masculina que feminina está tudo dito. Abençoados outlets que, como nos tempos de Roma, me
dão a terminação como nos bilhetes da lotaria. Por cima, no 220, médicos,
esteticistas, designers e comunicadores. Do 206 ao 218 temos a Prada da Senhora
Miuccia, mas principalmente do Senhor Patrizio Bertelli, seu consorte, que
patrocinou o yacht “Luna Rossa” que
durante anos a fio defendeu, e bem, as cores italianas na Louis Vuitton Cup e
na Copa América. Lembram-se quando tudo isto era o stand de vendas da Mitsubishi acabada de chegar a Portugal? Por
cima, entrando pelo 212, mais médicos (será que Portugal é um país de doentes?),
um Press and PR Office e uma
consultora de negócios em parceria: como soa bem tudo isto, é como se o
cardápio da tasca da esquina anunciasse Trachurus Trachurus infantes e
siameses, polvilhados de farinha de grão sarraceno e acomodados em azeite
virgem fervente, em vez de jaquinzinhos.
No 204, numa outra excelente construção clássica em perfeito
estado, está a mítica alfaiataria Rosa & Teixeira, para mim as melhores
montras para o gosto tradicional do português que veste bem, muito parecidas
com as que me habituei a ver nos ghettos
de Roma e Veneza. Que contraste com as montras da Armani ou da Prada! Por cima,
mais uma Sociedade de Advogados e a Christie’s: seria ali que foi cozinhado o
negócio dos Mirós de todos nós? O 202 é igual ao 204 e alberga o velho Hotel
Don Sancho I, 2 estrelas 2, e consultórios e mais consultórios. Julgo que não
voltarei à Avenida sem ir ao médico; primeiro escolho a especialidade e depois
estudo bem os sintomas para ser credível durante a consulta. E chego ao 200 onde,
naquilo que me atrevo a chamar na minha completa ignorância da arte da
arquitectura, um moderno monstruoso: o Edifício Victória. No plano térreo a
loja Burberry fechada e em obras. A Furla, com as suas malas caras em promoção,
marca que vi nascer em Roma, salvo erro na Via del Leoncino, com sacos e bolsas
baratas, que até a Manuela comprou uma azul que ficou ruça de tanto ser usada,
e que mesmo assim a Margarida herdou quando de uma das suas viagens
Paris-Roma-Paris, porque tinha tralha a mais para transportar. Bons tempos em
que se podia levar sempre mais um saco para dentro dos aviões; hoje há uns
provadores que te lambem o pincel da barba para ver se sabe a pólvora. Depois a
Timberland com saldos a 40%, e a Tod’s do genial Senhor Diego Della Valle,
filho de um honrado sapateiro da Região das Marcas, penso que de Porto
Sant’Elpídio, que é a capital dos sapatos italianos. E digo genial porque,
sabendo que os seus patrícios mais endinheirados preferiam os sapatos ingleses,
começou a dar aos fabricados por si as marcas Tod’s e Hogan, e também chamou
Fay a uns impermeáveis copiados daqueles que os bombeiros canadianos usam, e
passou a vender tudo caríssimo no seu país e fora dele. Devo dizer em abono da
verdade que é tudo da mais alta qualidade. Nos andares de cima temos as
Chancelarias das Embaixadas da Eslováquia, da Irlanda, do Canadá e da
Austrália, e também o Centro Económico e Cultural de Taipé, os Seguros
Victória, os FOX e National Geographic Channels e ainda a NYSE-EURONEXT que
mais não é , como os sapatos do Senhor Della Valle, que a Bolsa de Valores de
Lisboa.
Aparece então encostadinho um edifício cuja estrutura revela
uma certa modernidade, mas já a ser refeito de alto a baixo, tudo indicando que
vai levar mais uma fachada de vidro. Mais um hotel, mais escritórios, uma
clínica ayureveda, a sede da Jorge Mendes, Xutos e Pontapés, SARL, a Liga dos
Amigos de Boliqueime? O que for soará!
No 192, outro edifício moderno que se não existisse ninguém daria pela
sua falta, está a outra parte do Camões que era o IPAD, e em baixo a loja
multimarcas Fashion Clinic, que só agora descobri girar na órbita do Rei da
Cortiça, o Homem mais Rico de Portugal e sócio da Mulher mais Rica de África.
Não nos damos conta mas de vez em quanto sai a sorte grande a Portugal.
Primeiro foi o Senhor Calouste Gulbenkian, e ainda estamos a viver de renda,
agora a Senhora D. Isabel dos Santos a cavalgar um chaparro, e que Deus faça
durar a parceria. Já no 190, que é um belo edifício clássico bem acrescentado
em altura, na esquina da Rua Manuel de Jesus Coelho, estão a Longchamp e a
Louis Vuitton, supra-sumo da marroquinaria francesa; a segunda ocupa hoje o
espaço que era do Pestana & Brito, um dos templos da moda masculina dos
anos 60. Atravessando a rua, do 182 ao 188, o velho Tivoli onde tantas vezes
fui ao cinema com a minha Avó, Irmãos e Primas, e onde tantos saquinhos de
carnaval cheios de serradura atirei às pequenas nas matinés de Entrudo. Agora
Teatro, Sala de Concertos, restaurante. Nunca mais lá entrei, como nunca mais
voltei a Paris, a Sófia, a Roma ou à Cidade da Praia, por medo do que vou
encontrar. Coisas de velho. O 180 é o pequeno e belíssimo edifício, única peça
já existente do lego que lhe montaram em cima para fazerem o Tivoli Forum. Está
lá a loja Adolfo Dominguez. Na enormidade a que deu origem cabe lá de tudo e
passo a fazer a listagem: a outra
Fashion Clinic, esta para Senhoras, e já agora a Gucci que pertence também ao
reino da cortiça por interposta Filha, lembrando-me que Maurizio Gucci foi
mandado envenenar pela Mulher, Patrizia Reggiani, por uns problemas de dinheiro: hoje a senhora
está na cadeia (foi condenada a 26 anos) e o pobre Maurizio é o homem mais rico
do cemitério da sua terra natal. Acontece sempre assim. E lá me distraí da
lista que estava a fazer: o Hotel NH, o Crédit Swiss, a Iberdrola, a Dexia
Sabadell, a Visa, o BES Angola (olá!), a Missão do Brasil junto da CPLP, e
lojas como a Philosophie, a Maison (Atendimento Privado), a b/code, a Machado
Joalheiros e o Cocho, cantinho muito agradável do Alentejo onde se comem umas
coisas boas e uma sopa nova cada dia da semana, todas deliciosas. Em baixo,
comida, comida, comida, e sobretudo cheiro a comida que invade todo o espaço
sem respeito nem pelo “atendimento privado”. É como se num voo da Emirates os
passageiros não carregassem no botão do autoclismo e deixassem a porta do WC
aberta. Um must!
No 170, no antigo Hotel Vitória, extraordinário exemplar
arquitectónico de Mestre Cassiano Branco, está instalada a sede do PCP que tem
à porta um enorme cartaz com todo o programa da Festa do Avante. Gostei da
ideia do “Concerto para cravos e orquestra - Opus 40”, e continuei a ler os
nomes dos artistas que participarão, lembrando-me de Cristina Branco, de Jorge
Palma, de Camané, de Sérgio Godinho, e de mais não sei. Para mim que vivi quase
13 anos atrás da Cortina de Ferro, o comunismo é um universo à parte que eu já
não perco tempo a discutir. Estando a ler o livro “Greguerías” de Rámon Gómez
de la Serna (obrigado Dr. Bagão Félix!), que é uma selecção de metáforas mais
ou menos bem humoradas, algumas delas extraordinárias, e eu, com esta mania que tenho de copiar os outros,
escrevi também uma greguería dedicada ao PCP na Avenida: Com o martelo foi-se a
Liberdade.
Mal passo a sede do PCP, sou abordado por um casal que
delicadamente pediu desculpa de me estarem a incomodar, e vá de contar a
história que seguramente repetem subindo e descendo a Avenida da Liberdade a
todos aqueles com cara de parvo como eu. Resumindo, eu sou o Petro e ela é a
Marta, somos húngaros e viemos para Portugal enganados por alguém que prometeu
arranjar-nos trabalho. Vivemos na Amadora num quarto com dois filhos pequenos,
já nos cortaram a luz e agora não temos dinheiro para comprar uma bilha de gás,
e também precisávamos de ir ao Porto para tratar de uns papéis no Consulado da
Hungria, rebéubéu pardais ao cesto. Como não sou polícia e queria livrar-me
deles o mais rapidamente possível, não perguntei se não havia um Consulado em
Lisboa nem como é que falavam tão bem português estando por cá só há 8 meses,
como me informaram, e dando-lhes a satisfação de terem pescado um perfeito
Tótó, puxei de 20 euros dizendo-lhes que era para a bilha de gás, ao que ele
retorquiu que aquilo não chegava para pagar o bilhete dele para o Porto, quanto
mais para os dois. Balbuciei que era já uma ajuda e que não podia dar-lhes
mais, ao que me viraram as costas e foram à vida.
Passei para a zona
central de peões, sentei-me num banco e lembrei-me que estando em Roma, o meu
Filho Octávio, que estava então, fazia 6 meses, na ES Contact Center como
Director, e bastante satisfeito com o seu novo trabalho, nos telefonou feliz
para nos dizer que os seus superiores, seja do Contact Center que do Grupo
Espírito Santo, o tinham convidado para jantar no dia dos seus anos, 26 de
Outubro, não posso precisar o ano. Bela notícia, finalmente tinha um trabalho
estável que lhe agradava, num grupo cuja seriedade e solidez ninguém punha em
causa, e as coisas vão-me correr bem desta vez. Ora o dia 26 calhou a uma sexta
feira, o jantar correu bem, brindes, abraços e até segunda se Deus quiser. Na
segunda era dia 29, data em que completava os seus 6 meses de prova, chegando
ao seu posto de trabalho foi chamado ao gabinete de quem estava directamente
por cima, e quando julgava que era para lhe anunciar que iria ficar ou, pelo
menos, assinar um novo contrato por mais 6 meses, ouviu dizer que infelizmente,
por alteração de estratégia da empresa, iria ser dispensado, o que aconteceu no
próprio dia. Quando nos telefonou à noite a contar o sucedido, recordo-me de
ele nos ter dito: com um grupo como o Espírito Santo quem é que vai acreditar
que eu trabalhei bem e que a culpa não é toda minha, acertado raciocínio que o
diminuiu durante anos perante todos aqueles, e eram tantos (todo o Portugal?)
para quem só existia Deus no céu e a “Família” na terra. Mandei-lhe então umas
palavras, à guisa de conforto, que gostava que lessem para perceberem porque
é que liguei este facto à trapaça dos húngaros que, infelizmente, não foi a
única urdida e praticada na Avenida da Liberdade.
Abraço.
Lisboa, 31 de Julho de 2014
Octávio Santos