Deixando de lado o
futebol e as eleições por ter perdido as
chaves de leitura necessárias, e sentindo-me tão incapaz e ignorante como
quando entrei num romance de Joyce com a pretensão de pescar alguma coisa, sem
arte nem pindoca para tal (estão verdes, não prestam, como dizia a raposinha do
Senhor de La Fontaine), é melhor voltar
às minhas paupérrimas “obras de arte” na
esperança que as coisas se componham por si e, agora, que nem já a ajuda do
Espírito Santo convém invocar, pedir a
S. Bento que apazigue o mundo da redondinha e que se faça Luz naquele dos
artistas da peta a granel que estão nos antípodas do vendedor de castanhas assadas
da juventude do meu Pai, que, ao menos esse, apregoava a sua mercadoria não enganando
ninguém: “Quentes e boas, dez réis são vinte, dezanove podres e uma furada,
isto é que é comer e deitar p’ró chão rapaziada!”
Retalho 5 – Lixo da Costa do Sol
De Novembro de 2014
a Fevereiro de 2015, acompanhei o André a Carcavelos, todos os domingos de
manhã, para duas horas de surf. Saíamos
cedo, que a A5 a essa hora escorria fácil e, depois das rotundas, que peço
desculpa de não ter contado mas são sempre menos que as de Viseu, estacionava
com o oceano à vista, o André avaliava se o mar estava bom, começava a
cerimónia da "vestição", descia à praia e, ainda não eram as 9, lançava-se às
ondas à espera da 7 para a cavalgar. Após a canónica chamada para casa a dizer
que o menino já estava na água, eu ficava só sem saber o que fazer. Nas
primeiras vezes descia à praia e, da Parede
à Marina de Oeiras, pela areia ou subindo ao passeio marginal, lá
gastava eu aquelas duas horas a fixar relações humano/cão, a repertoriar bares
e restaurantes, binómios viventes com bicicleta ou skate (só me tocou um com segway),
runners
sem distinção sexual ou etária, entre o
obeso e o carga de ossos, a treinarem para a 15ª edição da Meia Maratona da
Porcalhota, agradecidos ao Isaltino a
suarem as estopinhas nas maquinetas tipo
Holmes Place para pobrezinhos, jovens campeões de polegar lesto fazendo twitting à mesa dos cafés alheios ao
esforço de Deus como arquitecto paisagista, surfistas em grupo a filosofar sobre
o estado e condições do seu campo de
acção, perspectivando o futuro imediato como se estivessem na Academia de Atenas,
antes de se juntarem ao André que, a ele basta que o mar seja salgado e se mova
entre o lago, que o faz danar, e a montanha russa que o faz temer. Até que uma
manhã, passeando-me nas areias de Carcavelos, lembrei-me que seria de grande
utilidade recolher todo o lixo que lá não deveria estar, mas sendo tarefa
hercúlea, senão impossível, limpar tanta porcaria acumulada ao longo da praia, tive
a ideia de a seleccionar tendo em vista a feitura de qualquer coisa que
testemunhasse, não digo a incúria ou a estupidez humana (quem não brindou a
natureza com uma beata, uma casca de castanha assada, um talão com saldo
negativo saído de um ATM ou um post it
rasgado, lance a primeira pedra), mas apenas e tão só o caixote do lixo de
gente normal, que se fosse só de um (meu?) não teria importância, mas que
multiplicado por 10, 100 ou 100 mil (Pirandello) torna a vida menos vivível.
Munido de um saco de plástico, inadvertidamente sem luvas (nunca soube fazer
nada com preservativos para vírus e bactérias), fui apanhando, durante três
sessões de duas horas cada, tudo o que consta da imagem que ilustra esta
crónica, e do qual vos deixo um rol não tão exaustivo como aquele da lavadeira
de Caneças que recolhia a domicílio as peças de roupa para lavar no tanque
comunitário da Beatriz Costa - três corpetes, um avental, sete fronhas, um
lençol, três camisas do enxoval que a freguesa deu ao rol -:
- bóias e pindocas,
caricas (Sagres e Super Bock, não quero chatices), beatas, ossos, um isqueiro
BIC, caixa de fósforos, maço de cigarros (fumar mata!), um botão, haste de
óculos de sol, acessórios eléctricos, rolhas de cortiça (do vinho de mesa ao
champanhe), um frasquinho de perfume cheio, plásticos vários e indiscriminados
incluindo um bigoudi, embalagens de
refrigerantes e gelados - uma de Calippo serve de vaso para as coisas naturais
que incluí, como folhas, penas e canas
-, polícromos azulejos partidos, cordas, um frasco de Pau d’Arco e outro de
cola Pattex, ambos rotulados, um fino de surf Tribord, uma bolinha com a
bandeira dos EUA, e uma borrachinha amarelinha e mole para tapar os ouvidos,
que se fossem duas era melhor neste momento de fervor agit-prop. Esquecia um
tronco de árvore que, serrado à medida, acabou por ser moldura, e ainda uma
seringa espeta pá veia, que lá está em evidência, e um arranjo floral com dedicatória às arquivadas
vítimas do Meco (que fui impedido de incluir na colagem, agradecendo a quem mo
impediu), de que vos falei nos 2º, 3º e 4º parágrafos da minha crónica de
15/01/2015, intitulada “ Festival de Cinema do faz de conta…”.
Conto que pretendia ser bonsai, do Eufrates ao Reno com amor, que engrossou, engrossou...
Abdallah Kurdi,
deitado de costas na sua confortável cama, no alojamento aquecido e mais que
correcto que a fábrica pôs à sua disposição e que partilha com dois colegas de
trabalho, um italiano e um português, não
pega no sono, primeiro porque não consegue depois de tudo o que lhe
aconteceu, que ainda hoje lhe parece um filme, e depois porque lhe entra pela
porta do quarto o ressonar pesado do português e o som que escapa dos
auscultadores do italiano que ouve no MP3 sempre a mesma canção: TatáTatáTá… TatáTatáTá… TatáTatáTá… TatáTatáTá… TatáTatáTá…
O Senhor Kurdi,
cidadão curdo da Síria, nasceu e sempre viveu em Kobane, e ali casou com a
belíssima Rehan que lhe deu dois meninos que eram a luz dos seus olhos, Ghaleb
e Alan. Não me perguntem o que fazia
Abdallah Kurdi porque não vos sei dizer mas também não é importante, só sei que
fazia a vida normal de um curdo sírio, como faziam uma vida normal, ou
quase, os outros 25 milhões de curdos
fossem eles turcos, iraquianos,
iranianos, arménios ou sírios como ele, até ao dia em que entraram na sua amada
cidade as hordas do ISIS e a começaram a destruir e a aterrorizar e dizimar os
seus habitantes. Abdallah ainda esperou que da cidade irmã do lado de lá da
fronteira turca, Suruc, onde estacionam homens e meios do poderoso exército
turco, lhes chegasse algum socorro mas em vão. Seria por serem curdos?
Então, Abdallah
Kurdi pegou na sua pequena Família (Alan não era ainda nascido) e transferiu-se
para Damasco, isto em 2011, na esperança de aí ter sossego, tudo em vão, de
Damasco a Aleppo, de Aleppo novamente a
Kobane onde não encontra o que lhe contaram de bom, de Kobane para a Turquia,
onde é maltratado como todos os curdos, que pagam os “pecados” de Oçalan, da
Turquia de novo para Kobane de onde lança um SOS para a sua Irmã Tima,
cabeleireira em Vancouver, pedindo-lhe para fazer o necessário junto da
autoridades canadianas para a obtenção de vistos de refugiados (e já eram
quatro), como havia já feito para o outro Irmão, Mohamed, este já no Canadá.
Farto de penar com a Família às costas, não tendo recebido boas novas do
Canadá, Abdallah Kurdi junta todo o
dinheiro que lhe sobra, pede ainda algum emprestado, atravessa novamente a
fronteira da Turquia e segue para Bodrum, onde o espera na praia uma espécie de
Zebro para 10 pessoas e, após pagarem
lautamente o empresário da morte que lhes “faz o favor”, embarcam mais de 30,
Família Kurdi incluída, para fazerem de
noite as 3 milhas marítimas de Egeu que os separa de Kos. Durante a travessia,
Abdallah, agarrado a Rehan, a Ghaleb e a Alan, sabe que após chegarem a Kos os
esperam dias, semanas ou talvez meses de humilhação e violência, desde o porto
da ilha enquanto esperam o ferry que os levará ao Pireu, depois até à fronteira
com a Macedónia, desta à da Sérvia e daqui para a Hungria ou Croácia, venha o
diabo e escolha, até chegarem a Viena e daí ao “paraíso” teutónico, meta de
todos os sonhos, tudo isto após 4 anos
em fuga com os pobres trastes às costas.
Poderei tornar um dia a viver uma vida normal, ou quase, pergunta-se
Abdullah Kurdi embalado pelo baloiçar do insuflável, com o ruído do motor fora
de bordo a falar tão alto que não o deixa nem ouvir a própria resposta, que ele tem medo de
adivinhar. Só o calor dos corpos queridos que leva colados a si lhe transmite
uma réstia de esperança.
Depois, é o
nervosismo de outros passageiros que os leva a movimentos que fazem perigar a
estabilidade do barquito, são vozes alteradas a pedir calma, é gente que se
debruça para não vomitar para cima dos outros, é um homem em pé a urinar para o
mar, é uma criança que grita para a Mãe que vai fazer cocó ali mesmo, é um que
inadvertidamente cai à água, um seu familiar que se estica todo fora de bordo
na tentativa de lhe agarrar a mão, é tudo o que não pode ser nem deve
acontecer, Abdallah só sabe que Rehan se agarra a ele com a mesma fúria com
que, em Kobane, fechada a porta do quarto para as crianças não ouvirem, se lhe
entregava toda que, nestes casos, não há diferença entre sunitas, judeus,
cristãos e yazidis , que as suas mãos as tinha ocupadas a segurar os Filhos,
que um lhe escorregou das mãos, que na sua aflição se libertou de Rehan porque
o outro também lhe escapava como se fosse uma enguia, que ainda
agarrou uma das mãos de Rehan mas não sentiu a sua presa, que nadou, mergulhou,
gritou, se agarrou não sabe a quê, que lhe salvaram o corpo mas que a sua alma
andou por ali à tona de água a balançar entre a sensação de estar vivo e o terror
de não ter morrido.
Depois foram as
fotos de Nilüfer Demir na praia de Bodrum com o seu rasto de ruído planetário, a recuperação do corpo amado de Rehan, a Irmã ao telefone, perguntas
a responder, papéis a assinar, corpos a reconhecer, a viagem de volta para
Kobane - última para 3 membros da Família -, o choro, a incredulidade, o
estupor. Como é preciso enterrar os mortos e cuidar dos vivos, já o dizia o
Marquês de Pombal após o terremoto, os mortos foram enterrados e o vivo,
tornado mediático pelos piores motivos, passou a ser cuidado como se de um VIP
se tratasse e, sem saber ler nem escrever, chegou à Alemanha já com trabalho e
alojamento assegurado.
Naquela manhã,
Abdullah levantou-se ainda ensonado, lavou-se, vestiu-se, bebeu um café
preparado por Gennaro, o italiano, e aceitou meio pãozinho com manteiga, sem
chouriço sff, que Joaquim, o português,
lhe preparou, e ala para o trabalho na fábrica, para a sua tarefa de 8 horas
diárias a fazer passar por um tanque de ácido uns tubos estreitos de
aço/vanadium que ele, após o tratamento, devia enxugar na perfeição, olhar para
o interior para verificar, com a ajuda de um foco laser, se existiam
imperfeições nas ranhuras helicoidais que os percorriam, passando-os depois, um
a um, para o seu camarada responsável pela operação seguinte.
O trabalho até era
leve, era bem tratado, a comida na cantina era boa e farta, começara já a dar
os primeiros passos em alemão, indispensável porque o seu inglês era rudimentar
e ninguém falava curmângi, às vezes via-se à rasca com os seus companheiros de
casa, mas gostava de ouvir o italiano a dizer bem alto “cazzo, sto curdo di merda non parla un tubo de niente e non fa altro
che piangere” que, embora não
compreendesse, lhe parecia música dirigida em louvor dos seus mortos, gostando
também do português que, parecendo sempre triste e zangado, repetia com voz
filtrada “filho da puta do beduíno nem uma rodela de chouriço mete pela goela abaixo”,
que para ele era chinês mas que pela cadência lhe chegava como uma carícia na
alma, a aliviar-lhe a dores.
Passado que foi um
mês já se atrevia a trocar umas palavras em alemão com os seus colegas, e um dia
perguntou a um deles para que serviam os tubos que lhe passavam pelas mãos
todos os dias às centenas, senão aos milhares. Na galhofa, o seu interlocutor
perguntou-lhe se ele ainda não tinha percebido que trabalhava na fábrica da
“Grosse Bertha”. Ouviu, calou, fingiu perceber, pensou que “Grosse Bertha” fosse a alcunha da Sra.
Merkel, e conversa após conversa foi acumulando as peças de um puzzle ainda
cheio de espaços vazios, até ao dia em que, indagando sobre as estrias do
interior do seu ganha pão, lhe explicaram que servia para que as balas saíssem
com mais velocidade e precisão para atingirem o alvo com maior eficiência. Para
quê?
Numa noite de
insónia levantou-se para ir à cozinha beber um copo de leite, e lá estava o
Joaquim, que era arquitecto mas que tinha deixado o seu país porque lá não
tinha trabalho, a beber uma cerveja e a trincar um panado de frango que sobrara
do jantar. No meio de dois dedos de conversa, Abdullah perguntou ao seu
camarada o que é que eles afinal ajudavam a fabricar, e que raio era isso da “Grosse
Bertha”. Joaquim, que estava a curtir um ataque de saudades dos seus
(felizmente vivos), e por isso mais amável e tolerante, tomou um ar professoral e explicou que toda a gente na Europa
sabia que a “Grosse Bertha” foi o maior canhão jamais construído, que disparava
obuses de 800 quilos a quase 10 km de distância, foi utilizado na 1ª Grande
Guerra, e que a fábrica onde trabalhavam produzia, entre outas coisas,
metralhadoras ligeiras fixas, trabalhando ele uma das suas componentes essenciais
na linha de montagem das mesmas. Vendo o semblante do curdo carregar-se, quase
a chegar às lágrimas, Joaquim levantou-se, pôs-lhe o braço por cima dos ombros
e convidou-o a ir com ele até ao seu quarto. Aí, sentaram-se ambos diante do PC
, Joaquim foi ao Google e abriu diversas noticias em frente dos olhos de
Abdullah:
- A Alemanha é,
agora que a China a ultrapassou, o quarto maior exportador de armas de guerra
do mundo.
- Em 2014, as
exportações alemãs de armas aumentaram 90% em relação a 2013, atingindo o valor
de 1.823 milhões de euros, sendo os seus principais clientes Israel, Arábia
Saudita, Egipto e Argélia, vendendo também valores consistentes para Singapura,
Coreia do Sul, Indonésia e Brunei, entre tantas outras nações suas clientes.
- Reinmetall, Thyssen
Krupp, Howaldtswerke – Deutsche Werft, Blohmt + Voss, Lürsen, Ferrostaal são só
uma amostra do parque industrial bélico da Alemanha.
- Olha aqui
Abdullah, esta é de um jornal do meu país, o Expresso de 22/5/2014, e fala da
empresa que nos vendeu dois submarinos, havendo já gente importante nas cadeias
alemãs por causa disso, disse excitado Joaquim, apontando o ecrã com o dedo:
- A Ferrostaal
(Grupo Volkswagen é maioritário da Man SE que detém 30% da Ferrostaal) é um dos
fabricantes de armas mais corruptos do mundo.
- Tens a certeza que
é assim como dizes, e que tudo que está na net
corresponde à verdade? perguntou
Abdullah com os olhos molhados fixos nos de Joaquim, e apoiando-lhe as mãos nos
ombros com uma pressão insuportável, não normal numa conversa de amigos.
Abdullah disse boa
noite e dirigiu-se ao seu quarto arrastando os pés como se tivesse em cima de
si o peso de culpas enormes que não eram suas; sentou-se na borda da cama,
pegou nas fotos da Mulher e dos Filhos e entrou
num choro convulsivo como se tivesse sabido da sua morte naquele
momento. A vida não pára, nem se compadece de pieguices, e Abdullah continuou a
sua vida e o seu trabalho. Uma noite, estava ele deitado a sonhar como uma só
terra para todos os curdos, Kobane seria seguramente a capital e ele estava
disposto a lutar por isso, para que um dia pudesse, livre, levar flores à
sepultura de Rehan, Ghaleb e Alan, ouviu vozes na cozinha, percebeu que falavam
dele, levantou-se, agarrou numa vassoura que estava atrás da porta, e
empunhando-a como se uma metralhadora fosse, abriu a porta da cozinha com um
pontapé e desatou a disparar TatáTatáTá…TatáTatáTá…TatáTatáTá…TatáTatáTá…TatáTatáTá…
contra o Gennaro e o Joaquim que estavam sentados à mesa a conversar diante de dois copos meio cheios e de
um fiasco de Chianti. Estes
levantaram-se calmamente, “desarmaram” Abdullah, sentaram-no à mesa entre eles
e começaram ambos a alisar-lhe o cabelo enquanto ele soluçava e chorava copiosamente, como se quisesse, tanta era a
água que lhe saia dos olhos, que viram o que não queriam, ligar o Eufrates ao
Reno numa só bacia hidrográfica. Voltada a calma, Gennaro agarrou as mãos de
Abdullah e disse-lhe:
- Sabes que no teu
desespero mimaste uma canção da minha terra que eu ouço todos as noites para
não enlouquecer. Tem o título de “C’era un ragazzo”, canta-a o Gianni
Morandi, um rapaz de Bolonha, hoje com 70 anos, e foi a primeira canção de
protesto contra a guerra do Vietnam. Queres ouvi-la?
E lá ficaram os três
a ouvir a canção que, quando saiu em Itália viu o seu texto censurado para não
irritar os americanos, texto que vos deixo em versão bilingue para quem
esteja interessado em conhecê-lo na integra. Ouvida a canção em silêncio,
Abdullah levantou-se, agradeceu a compreensão e carinho dos colegas, agora
amigos, e dirigiu-se ao seu quarto, beijou as fotos dos seus queridos, deitou-se, e adormeceu a sonhar que os canos das
metralhadoras que limpava, polia e inspeccionava, única sua fonte de proventos,
engrossavam, engrossavam, até se transformarem numa “Grosse Bertha”
que começava a disparar sobre Kobane. PUM!!! PUM!!! PUM!!!
Abraço.
Lisboa, 15 de
Outubro de 2015
Octávio Santos
Nota 1 do autor: Neste conto só o passado é real; o presente é pura ficção e o futuro…, o
futuro, desse ninguém sabe se alguma vez será presente.
Nota 2 do autor: Ler sff, porque é sempre melhor saber que não
saber, “Inside the Global Arms Trade”,
de Andrew Feinstein e, de Jürgen Grässlin, “Schwarzbuch Waffenhandel – Wie
Deutschland am Krieg verdient (O livro negro do comércio de armas - Como a
Alemanha lucra com a guerra)”, este criticando duramente o governo de Angela
Merkel por não cumprir promessas de redução nas exportações, que fizeram parte
da campanha eleitoral do ano passado.